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Se você me perguntasse há mais de um ano o que eu desejava para o futuro de Diablo 4, minha resposta seria: “menos Diablo 4”. Pode parecer duro, mas a versão inicial do jogo apresentou uma série de problemas. Desde a falta de variedade nos builds até o sistema de Paragon, os problemas de balanceamento e a escassez de atividades no endgame, a lista de pontos negativos era longa.

No entanto, a Blizzard trabalhou bastante para reformular muitos aspectos do jogo por meio de atualizações sazonais gratuitas. Com a expansão “Vessel of Hatred”, essas mudanças são intensificadas, trazendo novidades e melhorias significativas no progresso dos personagens.



O Que Traz a Nova Expansão?


A expansão mistura novidades promissoras e alguns dos erros do jogo base. Começando pela história, Diablo 4 trouxe um enredo que chamou atenção no início, mas perdeu fôlego na segunda metade, com problemas de ritmo e desenvolvimento de personagens.



Em “Vessel of Hatred”, seguimos o protagonista, o Errante, em busca de Nayrelli, que possui a Soulstone de Mephisto e planeja purificá-la. Mas o caminho é dificultado pela influência do Lorde do Ódio e pelos Cavaleiros Queimados, um grupo implacável que persegue qualquer um que cruze seu caminho.



História Intrigante, Mas Com Pacing Lento


Embora a luta interna de Nayrelli contra a influência de Mephisto seja interessante no início, a história rapidamente se torna previsível e arrastada. Em vários momentos, as situações parecem forçadas e sem lógica, levando o jogador de um ponto ao outro sem muita profundidade.



Essa falta de inovação também se reflete nas mecânicas. Muitas missões resumem-se a “vá até aqui, agora vá até ali”, o que torna a progressão repetitiva. Uma decisão questionável foi o retorno da roda de emotes em missões principais, algo que muitos jogadores poderiam dispensar.



Design de Ambientes e Novos Inimigos


Apesar dos problemas de ritmo, os ambientes de Diablo 4 continuam visualmente impressionantes. Nahantu, o novo mapa da expansão, oferece visuais exuberantes, com selvas densas e cadáveres gigantes no Campo dos Gigantes. No entanto, a exploração pode se tornar monótona devido ao excesso de deslocamentos e poucos encontros realmente novos.



Chefes: Desafiadores ou Frustrantes?


As batalhas contra chefes dividem opiniões. Abulon, por exemplo, é um desafio interessante, mas Orovar, que surge como um personagem mal desenvolvido, frustra com seus constantes ataques de derrubada. A batalha contra Mephisto, ou melhor, o Arauto do Ódio, é visualmente impactante, mas decepciona por não ser realmente contra o próprio Mephisto.



Fortezas e Atividades no Endgame


Uma das melhores adições em “Vessel of Hatred” são as novas fortalezas. Os jogadores precisam acender lâmpadas com uma lanterna especial, lutar no escuro e resgatar sobreviventes, o que cria uma atmosfera intensa. Embora o layout das masmorras não mude muito, a densidade de inimigos e a estética oferecem um bom desafio para os jogadores que buscam ação rápida no endgame.



Nova Classe: O Espírito Nascer

Outra novidade é a classe Espírito Nascer, que introduz uma série de habilidades novas e únicas. Essa classe permite causar danos com nuvens de veneno ou rajadas de espinhos, proporcionando uma jogabilidade ágil e divertida. Além disso, a classe possui alguns itens exclusivos poderosos, o que adiciona uma nova camada de personalização para os fãs de build crafting.



Mercenários e Runeworlds

Além da classe, a expansão também introduz mercenários e as Runeworlds, sistemas que acrescentam mais profundidade ao jogo. Com os mercenários, é possível recrutar ajudantes com habilidades distintas para complementar o combate. Já as Runeworlds oferecem habilidades de outras classes, como congelar e tornar inimigos vulneráveis, permitindo combos e estratégias mais variadas.



Atividades Extras: Cidade Subterrânea de Karast e a Cidadela Sombria

A Cidade Subterrânea de Karast é uma atividade que envolve derrotar inimigos para estender o tempo e aumentar o nível de santuários, enquanto a Cidadela Sombria introduz um novo sistema de recompensas. Os jogadores podem acumular “Scrolls of Restoration”, o que facilita a recuperação de equipamentos e oferece outras melhorias para o endgame.



Conclusão: Vale a Pena Investir em “Vessel of Hatred”?

“Vessel of Hatred” oferece duas experiências distintas: uma história previsível e um endgame atraente. Para quem busca um RPG de ação sólido, com opções de personalização e novos desafios, a expansão vale a pena, mas a narrativa pode decepcionar.



Em resumo, a expansão e o jogo base combinados trazem uma experiência envolvente para os fãs de RPGs de ação, apesar das falhas narrativas. Dependendo do que você procura em Diablo 4, a expansão, sozinha, pode parecer limitada, especialmente ao preço de US$40.



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