Nintendo Switch 2: O Avanço Esperado com os Velhos Problemas da Nintendo
A Nintendo sempre foi sinônimo de inovação. Desde o Wii até o Switch original, a empresa japonesa tem um histórico de seguir seu próprio caminho, muitas vezes desafiando tendências de mercado e apresentando conceitos inusitados. Com o Nintendo Switch 2, o salto não é revolucionário, mas sim uma evolução técnica sólida que atende (quase) todas as expectativas — mas também reacende críticas antigas sobre as práticas da empresa.
Refinamento de Hardware: Acerto em Cheio
O Switch 2 é, essencialmente, um Switch turbinado. A construção está mais robusta, o acabamento transmite uma sensação premium e o desempenho dá conta até de jogos como Cyberpunk 2077 e Hitman, especialmente no modo dock com suporte a 4K (mesmo que em muitos casos se trate de resolução dinâmica ou upscale). A nova tela LCD de 7.9″ impressiona pela qualidade, mesmo sendo um downgrade em relação ao OLED anterior.
Os Joy-Cons magnéticos são outra grata surpresa: fáceis de destacar, resistentes e mais ergonômicos. Pequenos detalhes como o novo kickstand ajustável, porta USB-C adicional e melhorias no dock também mostram que a Nintendo ouviu seu público.
Mouse Mode e Câmera: Inovações ou Gimmicks?
Dentre as novidades, o Mouse Mode e a câmera vendida à parte chamam atenção. O primeiro transforma os Joy-Cons em um mouse, o que pode ser promissor em jogos criativos como WarioWare ou Metroid Prime 4: Beyond. A câmera, vendida separadamente por US$ 50, permite chamadas via GameChat e inserção de imagem em jogos — uma função interessante, mas que no momento parece limitada a poucos títulos.
Interface Estagnada: Praticidade sem Personalidade
Aqui vem a primeira crítica mais direta: a interface do console praticamente não mudou. Os menus são os mesmos, com leves retoques visuais. A ausência de novidades nesse quesito reforça a sensação de “mais do mesmo”, em um console que poderia ousar mais em oferecer uma experiência moderna e personalizada.

Biblioteca Inicial e Retrocompatibilidade: Ponto de Interrogação
Apesar do sucesso comercial com mais de 3 milhões de unidades vendidas na primeira semana, o Switch 2 ainda carece de uma biblioteca de exclusivos que justifique o investimento imediato. Sim, há compatibilidade com jogos do Switch original — o que é ótimo — e agora vemos a estreia de jogos do GameCube no Nintendo Switch Online. Wind Waker, F-Zero GX e SoulCalibur 2 são excelentes adições.
No entanto, isso nos leva a um ponto delicado.
As Práticas Questionáveis da Nintendo: Preços, Câmeras e Assinaturas
1. Preço da Câmera e Acessórios
Cobrar US$ 50 por uma câmera que oferece funções básicas e limitadas é uma prática no mínimo controversa — especialmente considerando que muitos jogadores já têm câmeras USB-C em casa. O modelo de cobrar caro por acessórios que poderiam ser integrados (ou vendidos por menos) reforça o estigma de que a Nintendo lucra agressivamente com itens periféricos.
2. Nintendo Switch Online: Expansão Lenta e Dependência Total
A chegada do GameCube ao Nintendo Switch Online é um marco… mas também traz à tona a frustração com a lentidão da Nintendo em liberar títulos. Pior ainda: compras antigas da Virtual Console continuam inacessíveis, obrigando o consumidor a pagar novamente por jogos que já adquiriu em consoles anteriores.
Além disso, recursos como o GameChat e o Nintendo Music são exclusivos da assinatura, mesmo que não exijam servidores robustos. Trata-se de uma camada artificial de bloqueio de recursos básicos, uma prática cada vez mais comum, mas que ainda gera resistência — e com razão.
3. Termos de Uso Restritivos
Vale a Pena Comprar o Switch 2 Agora?
Se você já é fã da Nintendo, vai encontrar no Switch 2 tudo o que amava — só que melhor. O hardware entrega desempenho e praticidade, a retrocompatibilidade funciona bem e a promessa de grandes lançamentos está no horizonte. Mas se você espera por algo realmente novo, tanto em design de sistema quanto em ética comercial, talvez seja melhor esperar.
E você? Já testou o Switch 2 ou pretende comprar? O que acha das decisões da Nintendo em relação a preços e limitações de conteúdo? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão!