Joy-Con 2 como mouse: será o fim dos controles tradicionais?
O Nintendo Switch 2 trouxe diversas novidades, mas uma das mais curiosas — e potencialmente revolucionárias — é a introdução da função de mouse nos Joy-Con 2. Pela primeira vez, a Nintendo transforma seu controle em uma ferramenta de ponteiro, ampliando as possibilidades de jogabilidade e acessibilidade.
Mas será que essa ideia é apenas um experimento criativo ou representa o início de uma nova tendência no design de controles?
Como funciona o Joy-Con 2 como mouse
A funcionalidade de mouse nos Joy-Con 2 aproveita:
- O sensor de movimento (giroscópio) já presente nas versões anteriores
- Sensores adicionais de posição e resposta tátil
- Sincronização com o movimento da mão, simulando o uso de um cursor tradicional
Na prática, o Joy-Con 2 pode substituir o mouse em jogos compatíveis — apontando, clicando e até arrastando elementos com precisão. A ideia é que o jogador use o controle como um “ponteiro aéreo”, algo semelhante ao que vimos com o Wii Remote, mas com muito mais refinamento.

Aplicações práticas em jogos do Switch 2
Durante a Nintendo Direct, alguns exemplos de uso do Joy-Con 2 como mouse foram apresentados:
- Em Super Mario Party Jamboree, o controle serve para mirar e disparar no minigame da montanha-russa
- No Switch 2 Welcome Tour, o jogador usa o Joy-Con para ajustar a posição de um taco de golfe com precisão
- Em modos criativos e de construção, como os de Tears of the Kingdom Switch 2 Edition, o ponteiro pode facilitar o manuseio de peças
Essas aplicações mostram o potencial da função em jogos de minigame, simulação e até estratégia — gêneros que se beneficiam do controle fino de um cursor.
Acessibilidade e potencial educacional
Além dos jogos, o uso do Joy-Con 2 como mouse pode ser um grande avanço em acessibilidade. Jogadores com limitações motoras podem encontrar mais liberdade ao usar movimentos naturais para apontar ou selecionar, sem a necessidade de pressionar múltiplos botões simultaneamente.
A funcionalidade também abre portas para experiências educacionais, apps criativos e até uso em navegação de interface, como em menus interativos ou programas voltados para o público infantil.
Limitações e riscos da função de mouse
Apesar do potencial, é preciso cautela. O uso do Joy-Con como mouse depende de compatibilidade por parte dos jogos, e não há garantia de que títulos mais complexos adotem o recurso. Além disso, o cansaço causado pelo uso prolongado do controle no ar pode ser um problema.
Outro ponto: se mal calibrado ou implementado sem refinamento, o recurso pode gerar frustração — como ocorreu com controles de movimento em outras gerações.
Joy-Con 2 com função de mouse: evolução ou curiosidade temporária?
A Nintendo tem histórico de inovações criativas, mas nem todas se tornam padrão. O Joy-Con 2 como mouse pode ser uma ferramenta poderosa em certos gêneros e aplicações, mas seu sucesso dependerá da adoção pelos desenvolvedores e da receptividade da comunidade.
No mínimo, representa mais um passo da Nintendo em explorar novas formas de interagir com o jogo, sem se limitar ao formato tradicional.