Nintendo Switch 2 vs Switch original: vale o upgrade?

Joy-Con 2 como mouse: será o fim dos controles tradicionais?

O Nintendo Switch 2 trouxe diversas novidades, mas uma das mais curiosas — e potencialmente revolucionárias — é a introdução da função de mouse nos Joy-Con 2. Pela primeira vez, a Nintendo transforma seu controle em uma ferramenta de ponteiro, ampliando as possibilidades de jogabilidade e acessibilidade.

Mas será que essa ideia é apenas um experimento criativo ou representa o início de uma nova tendência no design de controles?


Como funciona o Joy-Con 2 como mouse

A funcionalidade de mouse nos Joy-Con 2 aproveita:

  • O sensor de movimento (giroscópio) já presente nas versões anteriores
  • Sensores adicionais de posição e resposta tátil
  • Sincronização com o movimento da mão, simulando o uso de um cursor tradicional

Na prática, o Joy-Con 2 pode substituir o mouse em jogos compatíveis — apontando, clicando e até arrastando elementos com precisão. A ideia é que o jogador use o controle como um “ponteiro aéreo”, algo semelhante ao que vimos com o Wii Remote, mas com muito mais refinamento.


Joy-con 2 apresentado na NINTENDO DIRECT 02 de abril de 2025

Aplicações práticas em jogos do Switch 2

Durante a Nintendo Direct, alguns exemplos de uso do Joy-Con 2 como mouse foram apresentados:

  • Em Super Mario Party Jamboree, o controle serve para mirar e disparar no minigame da montanha-russa
  • No Switch 2 Welcome Tour, o jogador usa o Joy-Con para ajustar a posição de um taco de golfe com precisão
  • Em modos criativos e de construção, como os de Tears of the Kingdom Switch 2 Edition, o ponteiro pode facilitar o manuseio de peças

Essas aplicações mostram o potencial da função em jogos de minigame, simulação e até estratégia — gêneros que se beneficiam do controle fino de um cursor.


Acessibilidade e potencial educacional

Além dos jogos, o uso do Joy-Con 2 como mouse pode ser um grande avanço em acessibilidade. Jogadores com limitações motoras podem encontrar mais liberdade ao usar movimentos naturais para apontar ou selecionar, sem a necessidade de pressionar múltiplos botões simultaneamente.

A funcionalidade também abre portas para experiências educacionais, apps criativos e até uso em navegação de interface, como em menus interativos ou programas voltados para o público infantil.


Limitações e riscos da função de mouse

Apesar do potencial, é preciso cautela. O uso do Joy-Con como mouse depende de compatibilidade por parte dos jogos, e não há garantia de que títulos mais complexos adotem o recurso. Além disso, o cansaço causado pelo uso prolongado do controle no ar pode ser um problema.

Outro ponto: se mal calibrado ou implementado sem refinamento, o recurso pode gerar frustração — como ocorreu com controles de movimento em outras gerações.


Joy-Con 2 com função de mouse: evolução ou curiosidade temporária?

A Nintendo tem histórico de inovações criativas, mas nem todas se tornam padrão. O Joy-Con 2 como mouse pode ser uma ferramenta poderosa em certos gêneros e aplicações, mas seu sucesso dependerá da adoção pelos desenvolvedores e da receptividade da comunidade.

No mínimo, representa mais um passo da Nintendo em explorar novas formas de interagir com o jogo, sem se limitar ao formato tradicional.


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