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Enquanto alguns fãs agora tentam pedir desculpas aos desenvolvedores de The Veilguard, alegando que a culpa foi da EA, a verdade é que a essência de Dragon Age foi abandonada há muito tempo — e isso foi uma escolha consciente.

A direção criativa do jogo optou deliberadamente por seguir uma agenda moderna, ignorando completamente o tom sombrio, complexo e moralmente ambíguo que tornava a franquia única. Não foi apenas uma mudança de estilo: foi um corte brutal com a identidade que os fãs acompanharam por anos.

Apesar das boas notas da crítica, que parecem cada vez mais desconectadas da experiência real dos jogadores, The Veilguard não representa Dragon Age. O jogo ignora eventos, personagens e construções narrativas de títulos anteriores, em troca de diálogos superficiais, caricaturas e um foco maior em “representatividade de vitrine” do que em narrativa de verdade.

Para piorar, grandes sites e blogs tentam manipular a percepção do público, apontando os fãs como intolerantes ou desinformados. Mas a realidade é outra: a frustração vem de ver uma das franquias mais ricas em construção de mundo e dilemas morais ser reduzida a um RPG genérico com visual colorido e narrativa esquecível.

Neste ponto, proteger Dragon Age se tornou inviável. A BioWare deixou claro que não pretende mais seguir o legado que construiu. Minha esperança? Que este jogo seja esquecido. Que The Veilguard seja visto como um spin-off irrelevante e que, futuramente, um novo projeto — feito por outro estúdio, ou por fãs apaixonados — retome a alma original da série, respeitando sua mitologia, sua história e os jogadores que a acompanharam por mais de uma década.

Honestamente, não acredito que a BioWare vá nessa direção. Com o estúdio cada vez mais distante de suas raízes, é provável que apostem em outras IPs ou novos gêneros. Mas Dragon Age — o de verdade, o de Origins, Awakening e Inquisitionmerecia mais do que isso.

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