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A abertura de Clair Obscur: Expedition 33 está dando o que falar — e com razão. Logo nos primeiros minutos, o jogo entrega uma experiência que mistura ação, narrativa profunda e, principalmente, um sentimento raro nos jogos atuais: a melancolia.

Aberturas que marcam

Quando pensamos em grandes introduções nos games, lembramos de títulos como Half-Life, BioShock Infinite, Resident Evil 4 ou até Final Fantasy VII Remake. Eles nos jogam direto no caos, na emoção ou no deslumbramento. Mas Clair Obscur faz diferente — ele nos convida a sentir.

O jogo começa com Gustave encarando o mar e o imponente Pilar 34, prenúncio da morte que se aproxima para todos com mais de 33 anos. Esse é o cerne do universo de Clair Obscur: um mundo onde a arte mata — literalmente. E é nesse pano de fundo surreal que a melancolia floresce.

Tristeza sem desespero

A introdução não é apenas triste — é suavemente triste. Gustave reencontra sua ex-namorada Sophie, uma das condenadas a morrer com a chegada do número 34. Eles não estão mais juntos, mas compartilham os últimos momentos dela de maneira íntima, tocante e cheia de pequenas felicidades que cortam como lâminas suaves.

Sophie responde com um “Talvez por agora” quando perguntam se voltaram. E essa frase resume o tom do jogo: não há esperança, mas há afeto. Não há futuro, mas ainda há tempo para sentir.

Por que mais jogos deveriam seguir esse caminho?

Clair Obscur nos lembra que os games não precisam ser apenas sobre vitórias épicas ou derrotas apocalípticas. Eles também podem explorar os espaços entre esses extremos — os momentos de silêncio, os olhares trocados, o peso das palavras não ditas.

A indústria tem apostado alto em RPGs com sistemas complexos, mundos abertos e batalhas intensas, mas às vezes, tudo que precisamos é de uma história que nos faça sentir, refletir — e sim, chorar um pouco.

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