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É inegável que Assassin’s Creed Shadow é um dos jogos mais controversos do próximo ano. Apesar do peso de seu nome, muitos fãs estão receosos. Afinal, como um título de uma série tão consagrada consegue gerar tão pouca expectativa?



Essa pergunta não tem resposta simples, mas posso explicar porque, na minha perspectiva, minha empolgação com este game desapareceu quase por completo.



Uma conexão profunda com Assassin’s Creed


Sou um fã de longa data da série. Joguei quase todos os títulos, alguns até mais de uma vez. Entre eles, Assassin’s Creed Unity ocupa um lugar especial no meu coração. O sistema de parkour nesse capítulo é uma obra-prima, oferecendo movimentos fluidos e uma recriação meticulosa de Paris.



Embora não seja perfeito, Unity trouxe uma imersão que ainda sinto falta. Infelizmente, as decisões tomadas pela Ubisoft nos últimos capítulos mudaram drasticamente a essência da franquia.



Assassin’s Creed Shadow: promessas e problemas


O cenário do Japão feudal é, sem dúvida, um dos pontos mais atrativos de Shadow. Com sua riqueza cultural e histórica, parece perfeito para uma narrativa baseada em estratégias e assassinatos furtivos.



No entanto, a introdução do estilo RPG, que começou com Origins, afastou a franquia de suas raízes. Enquanto Origins trouxe uma experiência fresca e uma história bem escrita, Odyssey e Valhalla expandiram esse modelo de maneira cansativa.



Esses títulos oferecem mapas enormes e muitas atividades repetitivas, perdendo o charme das missões únicas e memoráveis. Shadow parece seguir a mesma fórmula, com dois personagens jogáveis: Yasuke e Naoi.



Os personagens: Yasuke e Naoi


Yasuke é o personagem principal, descrito como um guerreiro forte e imponente. Apesar de interessante, sua jogabilidade, focada em combate direto, não reflete o arquétipo de um assassino ágil e furtivo. A Ubisoft parece mais interessada em agradar o mercado do que em manter a essência da série.



Já Naoi oferece uma ponta de esperança. Sua gameplay aparenta ser mais fiel ao estilo clássico, com ferramentas de furtividade, movimentos ágeis e uma abordagem mais estratégica. Mas será que ela será suficiente para salvar o jogo?





O futuro da franquia

Assassin’s Creed Shadow pode até ser um bom jogo, mas parece improvável que revitalize a franquia. Talvez seja hora de a Ubisoft encerrar essa saga e investir em novas ideias. Toda grande história tem um ciclo, e forçar sua continuação pode manchar suas melhores memórias.



Espero que a Ubisoft encontre uma maneira de devolver a dignidade à série. O medo de ser descoberto, a tensão de um assassinato planejado e a satisfação de desaparecer nas sombras são o que tornaram Assassin’s Creed especial. Caso contrário, Shadow será mais uma entrada esquecível em uma saga que merece ser lembrada pelo que foi, não pelo que se tornou.



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